sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Alguns balões vermelhos e frutas cítricas



"Meu passos e minhas mãos se confundem com o ar"*


Olhando caixas penso em tudo o que já usei como alinça


Sou pós-graduada em desencontros


O que sobrou era azul


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Ramon Alcântara


quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Salto


E a vida ia seguindo assim.

Consertava as coisas no berro e sabia o caminho, entre os dois apartamentos, de olhos fechados.

Eloiza consegue fazer de conta que o salto-alto não quebrou. Sem dúvida somos muito diferentes.

Terça-feira e mais algumas... Amêndoas...


Era uma terça-feira, não tinha tempestade e nem sol. Era um tempo médio, morno, nublado.
Foi quando me apaixonei mais uma vez. Sim, mais uma, nem a primeira e nem a última.

Paixão a conta-gotas? Era assim que eu via o amor dele.

Eu seguia, sem tatuagem e em camadas. Passos certos e às vezes sem rumo.

Doce de leite e cheiro, às vezes repulsivo, de amêndoas.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

...


O eco da água batendo no chão do banheiro me fazia lembrar a casa da praia.
É difícil imaginar uma vida feita de trovões cor-de-rosa.

(Eu era o peixinho dourado, descascando mais do que a piscina)

Repito que sempre achei estranho o otimismo exagerado de algumas pessoas.
A vida geralmente é uma coleção de tragédias e meia dúzia de alegrias. As histórias começam com "eu nasci..." e isso, por si só, já é uma desgraça. Nasci para virar homem? Ou seria morri?

domingo, 25 de novembro de 2007


"It was the last day of..." (um mês que já não me lembro qual).
O dia da semana parece sempre ser irrelevante nestas horas e as folhas devem sempre cair das árvores. Cena poética-brega, descrita em muito mais do que meia dúzia de livros.
Então que tal uma madrugada quente, de terça-feira, com folhas firmes?