terça-feira, 28 de julho de 2009

Mauro estava ausente há alguns meses, fora escassos recados virtuais, já quase não se falavam. Eloiza se convenceu que esta é a ordem natural das coisas. Ele pensava no sul e ela ainda nas promessas que deveria ter feito à uma estrela.

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Era tarde e a madrugada lembrava Rudolf.
Sem castanholas ia seguindo; equilibrando o chapéu, engaçado, no nariz.

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Sonho de Cinderela, meio torto na encruzilhada.
Sua barriga crescia com sua raiva; ou seria apenas tristeza?
Se via agora também num corpo que já não é seu. Nada no dedo ou nas mãos, sinais de "stop" nunca foram nítidos e foi incapaz de deixar de amar mais uma vez, mais tantas vezes. Papéis de carta e racunhos, diziam coisas, muitas delas, com sentimentos únicos.
Linhas que viravam listras em camisetas e um vermelho que não se usava. "Mais alguns meses, sem vermelho".

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Era dezembro quando se encontraram, permanentes, um no outro.
Era junho e o inverno batia mais forte do que no ano anterior;
talvez por não ver mais as àrvores ao lado do lago; talvez
por não existir neblina; talvez
por acreditar que não merecia o destino que escolheu.


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Antes de ontem Bia sorriu para ele. Como quem pede um beijo em meio à tempestade.
Mas ele tem medo, de se molhar.
Ela foi quem molhou o rosto hoje, sem óculos escuros
ou quadrados. Impossível não ler x como muito mais.

Não é uma questão de querer mais; sim uma questão de merecer.
ou
Não seria uma questão de merecer mais e sim de querer? Ou no caso dela de não querer.
Brincava de mal me quer como quem já escolhe o mal antes do jogo acabar. "Pois acreditar que é feliz é uma questão de criação, muito mais do que de boa vontade".