sábado, 23 de junho de 2007

2004, 2005, 2006, Galápagos...








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A camisa azul, jeans, não estava no cabide. Eu só queria pular pela janela. Mas haviam grades.


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Ele pinta, eu o decoro.

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Para tudo existe uma primeira vez e um primeiro amor.

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Os sinais de trânsito são realmente interessantes, pena que os botões não funcionem.

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Chorei, a cortina estava um pouco laranja. Num maio que deveria ser dezembro.

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Segurei o pingente de sol entre os dedos e torci para que o dia nascesse mais cedo. Aquelas pessoas dançando na minha cabeça, não faziam parte da minha realidade, parecia uma cena daqueles filmes da década de 50.
No dia seguinte, antes do filme, perguntei se ele gostava de um escritor. Ele disse que uma vez tinham ido ao banheiro juntos. Achei engraçado. Na saída do cinema trocamos um beijo e minha mão escorregou por seu pescoço. Pensei que não queria esquecer aquela sensação e fiquei triste por pensar que iria. Quis guardar para sempre aquele toque. Aliás, sempre é uma palavra que parece ser uma fixação, atual, minha. Já ele não parece se agradar com a expressão “ para sempre e depois” , embora a tenha criado.
Me senti, de novo, num filme. Enquanto fazia brigadeiro (ontem) de noite, a tv estava ligada no noticiário – que falava sobre furacão na Jamaica e uma possível visita do novo papa ao Brasil – a luz da sala estava apagada e eu só ouvia os comentários dos repórteres enquanto me preocupava em não errar o ponto do doce. Não sei por que achei que deveria escrever isso: Me senti dentro de um filme.

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No último dia do ano recolhi estrelas antes de deitar.

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A luz não apagava. Não apagava e quase comecei a me desesperar. Foi ai que o tempo parou.




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[Uma lembraça de Galápagos p/ Carlito Azevedo]

Tartarugas ou dragões?
Ou os dois?
Seriam os dois?
Tortuguitas gigantes. Sem recheio de morango.
Dragões sem asas. Navio HMS cachorro em rumo aos dragões terrestres...
Excesso de...
Quem era mesmo o escritor? Bom, faz sentido, seja quem for... Pelo menos para mim faz.
O Beagle acordou em Valdivia... Quase perguntei se naquele dia ele latiu muito!
Eu já não me importava com os pássaros. Diante da idéia de tartarugas... Quem é que não gosta de tartarugas?
Tartarugas e elefantes deveriam ser sagrados.
O moço, de cabelo grisalho, riu. Ele deve ter achado graça da minha paixão pelo HMS Beagle... Ah, se ele soubesse sobre o meu vício, por “cashiorros” acho que terias se divertido mais.




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Um comentário:

gamw disse...

eu amo essa menina!!!
e clássicos que ela escreve, como o puma pessego!
=)
xxx